"Ando devagar porque já tive pressa..."

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"Ando devagar porque já tive pressa..."

31/12/2010

FELIZ ANO NOVO!

O Melhor da Vida ( Guilherme Arantes) 













 

Eu quero o sol
Ao despertar
Brincando com a brisa
Por entre as plantas
Da varanda
Em nossa casa
Eu quero amar
É lógico
Que o mundo não me odeia
Hoje eu sou mais romântico
Que a lua cheia






 

Você mostrou pra mim
Onde encontrar assim
Mais de um milhão
De motivos pra sonhar, enfim
E é tão gostoso ter
Os pés no chão e ver
Que o melhor da vida

Vai começar







Tributo à Amizade


Certo dia, postando recado no Orkut de uma amiga, encontrei uma pessoa chamada Jô. Como tenho outra amiga chamada Jôsy e achei a da foto bem parecida com ela, entrei no Orkut da tal Jô, pensando ser minha amiga  e me deparei com uma estranha.
Minha visita ao Orkut da moça foi denunciada e ela prontamente também visitou minha página de recados, deixando escrito que pensou que fosse Lola, uma amiga sua (Conceição), que, por coincidência, havia sido minha professora de antropologia no Brasil, na graduação.
Bem, na verdade, ela deixou dito que agradecia a minha visita e que eu poderia voltar quantas vêzes desejasse, bem como enalteceu as homenagens que eu fiz no álbum, a papai e à minha família. Percebeu, por intermédio de uma crônica, o quanto gosto de flores e daí em diante, criamos um laço de amizade.
Esta amizade se consolidou ainda mais, quando soube, por intermédio de Lúcia Linhares, que Jô estava iniciando um tratamento contra o câncer de mama que lhe acometera e que os amigos estavam organizando um brechó em prol de angariar fundos para ajudá-la durante o processo.
Fui postando recadinhos no Orkut de Jô e ela sempre me respondia com um carinho e uma disponibilidade de admirar. Até que passamos a pensar em nos encontrarmos numa pizzaria, (sugestão dela, acatada por mim, já que adoro pizza). Marcamos umas duas vezes, ou mais, mas o encontro nunca aconteceu. Digo o encontro face a face, visto que o encontro de nossas almas, esse já tinha acontecido.
Quando falo em encontro de almas, não estou exagerando; acredito mesmo que aconteçam encontros desse tipo. E que, na verdade, eles nunca se dão por acaso. Considero-me amiga de Jô, mesmo que nunca a tenha visto nesta vida e que saiba que isto jamais acontecerá, posto que, há pouco menos de um mês, recebi por intermédio de Uelma, outra amiga comum, a notícia de seu falecimento.
Após distribuir sorrisos e simpatia, com uma maneira de se expressar que faz até os mais incrédulos acreditarem na vida, depois de um luta exaustiva contra a doença que tomou conta do seu corpo, a minha amiga partiu desta vida, deixando a marca indelével, que só as almas especiais deixam. Sinto remorsos por não tê-la presenteado com os gerâneos que a prometi, quando ela ficou empolgada ao saber que eu os tinha.
Uma das marcas deixadas por Jô, e que sempre me fazem lembrá-la ao abrir meu blog, pois lá a deixei estampada já há algum tempo, foi uma coisa muito interessante que ela fez: em um sítio onde viveu seus últimos tempos aqui na terra, personalizou cada árvore com o nome de amigos queridos, entre eles, eu. Todas elas estão publicadas em fotos em seu álbum do Orkut.
Esta crônica, mais que uma simples homenagem a minha amiga virtual, é um tributo à amizade – este sentimento que, embora raro, reputo como imprescindível à vida.
Encravada na árvore do sítio de Jô, meu nome e apelido, ficarão, até que alguém ou o tempo os retire de lá. Porém, a marca que ela deixou tatuada em minh’alma, esta jamais se apagará e passarão de uma existência à outra, ratificando a beleza do sentimento de amizade que passou a existir, quando do encontro de nossas almas aqui na terra.
Feliz Ano Novo amigos queridos. Vocês sempre estarão marcados em meu coração

Lola (31/12/2010)

25/12/2010

FELIZ NATAL

F eito de esperança e bondade        
E spírito Divino, iluminado
L uz que alimenta nossa vida
I rmão na fé que nos conduz
Z elo a toda hora, que não falta

N ascimento de Jesus, o salvador
A quele que nos diz: tudo é possível
T odos que crêem em mim e os que não crêem
A lcançarão a luz e a vida plena
L uz que emana dEle que é pai    
Lola ( Natal 2010)  



22/12/2010

Sobre Elisete e Elisetes


Estava eu em Caruaru, dia 09 de dezembro, prestes a entrar em sala de aula para participar de uma banca para seleção de professor na FAVIP. Para afastar um pouco a ansiedade, depois de revisar o conteúdo e o material da aula, fui ver e-mail, lá mesmo, na biblioteca. Foi então que abri um e-mail de Elisete, convidando para o lançamento do seu primeiro livro, Matuta da Gema. Respondi prontamente e ela me deu retorno no mesmo instante. Estávamos on line ao mesmo tempo. Respondi novamente e mais uma vez ela retornou. Enfim, terminamos com uma afirmativa dela que rezaria em prol do que eu lhe pedira. Fiquei tão confiante! Em minha modéstia avaliação, Elisete é uma mulher de fé. E não é porque passou seis anos vivendo numa instituição religiosa, não. É pela forma que conduz sua vida. Elisete sabe viver. Já disse isso a ela e digo constantemente a minhas irmãs. Ela sabe tirar leite de pedra  e nem chora se ele se derrama...sabe que de onde saiu o primeiro, se não sair novamente, outras pedras no caminho podem vir a lhe providenciar o leite necessário.
Eu já tinha uma dmiração muito grande por essa Matuta da Gema, no dizer dela própria, mas confesso que desde o dia 20 de dezembro deste ano de 2010, a minha admiração aumentou consideravelmente.
Quando voltei pra casa, já tarde, na mesma noite de autógrafos, depois de um banho morno muito gostoso, me deitei e comecei a folhear o livro. Quase 3hs da manhã e eu ainda com a luz do quarto acesa, enquanto Rostand dormia. Só fechei o livro por receio de acordá-lo, pois a leitura me fez desaguar em lágrimas e chegou a fazer barulho. Resolvi pausar e deixar a leitura pra outra hora. O fato é que fui dormir com uma certeza – me identifico e muito com a tal matuta. E não é por ser matuta não, pois nunca saí de Campina Grande, onde nasci e moro até hoje, embora em muitos aspectos, a matutice também faça parte do meu leque de possibilidades.
Minha identificação relaciona-se ao seu jeito de ser mãe e do amor que vai além dos filhos, visto que tem a ver com o fato de gostar de ser mãe, amar a maternidade.
Certa vez, minha irmã Fáti, falando sobre suas idas a João Pessoa, onde se hospedava na casa de Elisete, disse que lá se sentia como em minha casa, pelo jeito dos seus meninos a tratarem. Falou sobre eles com muito amor, respeito e admiração aos seus jeitos de ser, que percebia muito próximos aos das minhas meninas. Aff! Aquele foi o maior elogio que eu, mãe coruja e convencida de ser uma boa mãe, poderia receber. Cada coisinha que lia a respeito do seu cotidiano familiar me fazia ratificar a afirmativa de Fáti.
Voltando às lágrimas que me tomaram conta e que ensaiam dar o ar de sua graça neste momento em que escrevo, elas não se deram por sentir tristeza ao ler Elisete. Ao contrário – quanto mais chorava, mais me sentia feliz em saber que existem pessoas como ela. E a minha esperança no futuro da humanidade tomou fôlego.
Tenho pensado em estudar, num possível doutorado, a condição humana enquanto recurso natural. Fala-se muito em recursos naturais e que o homem o vem devastando. Essa perspectiva enxerga o homem apenas como mal feitor, culpado pela degradação do ambiente que lhe dá vida, esquecendo de percebê-lo como parte desse ambiente e que, por isso mesmo, também vem se deteriorando.
Ao ler a história de vida de Elisete, reforcei meu desejo e entendi que toda e qualquer mudança só se dá a partir de engajamento, de trabalho comprometido. Reforcei a compreensão que “os homens de boa vontade” serão sempre os atores principais no palco da vida, no sentido de mudanças qualitativas que possam reverter a situação em que a humanidade se encontra.
Consegui enxergar, a partir da leitura, as transformações que essa mulher danada foi tecendo aos poucos, na vida dos que o cercaram até então. E principalmente, percebi o quanto ela não se deixou trabalhar sozinha e fez de cada pessoa com quem conviveu, um aliado em prol das mudanças que intencionou.
Arretada mesmo, essa Elisete! Pense numa mulher determinada. Pensou? É ela mesma - a matuta da gema e da clara. Matuta da casca. Da gemada. Da omelete. De tudo o que é possível a partir do ovo, célula mãe.
Eu nem ia tocar num certo assunto, mas agora não tem como; somos “quase parentes”, ai ai...É que Talitta, a minha filha mais velha, andou de conversas com seu filho mais novo, Rafael. E desde que houve o prenúncio de um possível namoro, me alegrei, por saber das qualidades que ele tem, incluindo a mãe, que certamente fez a diferença na sua formação, contribuindo para ele ser como é. Então, lendo suas histórias, fiquei a imaginar um neto em comum com Elisete. E podem me achar maluca, mas foi isso mesmo que pensei (morrendo de rir) O quanto seria especialmente amado, pelas avós mais que corujas e pelas grandes famílias de seus pais.
Bem... Descartada a possibilidade de namoro entre nossos filhos, desejo afirmar nosso parentesco, pois o percebo bastante legítimo, uma vez que, se identificar é por na pessoa ou objeto com quem se identifica, um pouco de nós mesmos e/ou trazer para nós um pouco dos mesmos.
De parabéns Elisete pela obra lançada e de parabéns a Paraíba, que a acalantou em vários berços, em tantas plagas, de parabéns por essa filha matuta, danada, arretada mesmo. Legítima paraibana da gema.

Lola (21/12/10)

16/12/2010

Viver

Viver é dar a luz às possibilidades
Encarar o devir e dar conta do recado
É entender a condição de ser e estar vivo

Lola (13/12/10)

Às ordens

Se tu me chamas eu vou
Nem sei pra onde, mas estou
Pronta pra o que der
E o que vier curto contigo

Lola (13/12/10)

03/12/2010

Em Sala de Aula

Aplico prova
Tempo me sobra
Pra pensar em nós
E no que somos

Um para o outro
Dia após dia
No sentimento
Sempre crescente

Me arrepia
E até dá medo
Sentir-te tanto
Sem ter-te aqui

Só aqui dentro
E aqui não existe
Possibilidade de afastamento
Estou te querendo neste momento

E sei que sabes
Sempre sabes mais
Mas não te apressas
Transmites paz

Volto aos alunos
Mas não te deixo
Do nosso amor
Nunca esqueço

Lola(18/11/10)

Entrega Sem Fim

São tantos dias
E quantas noites
Juntos, bem juntos
Querendo mais

Mas só o tempo
Ele que avança
Trás a esperança
De que logo mais

Seremos livres
Presos somente
Ao nosso amor
E para sempre

Sendo felizes
Cada vez mais unidos
Deixando pra trás
O resto do mundo

Sempre querendo
Sempre bendizendo
Esse amor que é tão forte
E que agradecemos

A Deus por existir
A mim por insistir
A ti por se abrir
Pra essa entrega sem fim

Lola ( 18/11/10)

Identificação

Me identifico com você porque eu gosto
Desse jeitinho seu de dar carinho

Sinto vontade de lhe ter sempre por perto
Pra me mimar e pra lhe dar denguinho

Sinto uma falta danada do seu corpo
Do meu juntinho, bem abraçadinho

Lhe quero agora, vem, mas não demora
Porque senão esse desejo aumenta         
        
E não respondo por mim sem prazer
Pois não me agüento e não perco tempo

E corro o mundo em busca de você

Lola (02/11/10)

Falsos Deuses

Dos falsos deuses estou farta
Neles tudo falta, menos prepotência e arrogância

Falas sem discernimento, sem sentimento
A não ser do tipo que já sabemos:

Poder, dinheiro, posição
A ganância lhes toma o tempo, lhes tira a vida

Em troca querem a nossa, a de quem não compactua sua miséria
Podres de espírito e podres de idéias - São os falsos deuses que nos rodeiam

A eles, os dias contados, as noites mal dormidas
E não há travesseiro que absorva lágrimas de crocodilo

Lola (29 – 02/11/10)

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