"Ando devagar porque já tive pressa..."

"Ando devagar porque já tive pressa..."
"Ando devagar porque já tive pressa..."

18/01/2011

Ele

Quando a dor aparece
Ele vem para aplacar
Se a solidão toma conta
Mais sabe ele tomar
É dele o meu sorriso
É pra ele o meu olhar
No meu coração só dá ele
É a ele que sei amar
Mesmo a rima sendo pobre
Quero dizer em meus versos
Que não há no universo
Motivo outro, eu confesso
Ele é o  meu amor eterno

Lola (14/01/11)

14/01/2011

É CAM-PE-ÃO!


Não sei se alguém mais percebe assim, mas acho que o pé de castanhola está mais frondoso. Que sua copa vem se abrindo, se alargando e o que surge a partir dele, é só beleza.Não sei se alguém se importa com minha intromissão, mas senti vontade de falar um pouco sobre ele, o pé de castanhola, o encontro anual de primos-irmãos e tios-pais.
Iniciei essa crônica com o parágrafo acima e só dias depois, após uma conversa com Graça e Lulu, no dia em que Mouribe recebeu a notícia de que passou no concurso do exército - agora ele é o tenente Mouribe Arruda  Felinto. Falávamos, enlevadas pelos agradecimentos que ele fez no seu convite de formatura e compactuamos a constatação de que somos uma família privilegiada. Pensei então, em voltar à crônica, desta feita enfatizando a conclusão da graduação de Mouribe.
Nosso comentário era justamente relacionado a esses que chamo de frutos do pé de castanhola, os netos e bisnetos de Zé Felinto e Nicinha. Todos bem encaminhados na vida e nos dando, quando em vez, o prazer de chorar de alegria.
Revisitei a infância de Mouribe e me lembrei dos seus apelidos que nós mesmos, tios caducos, lhe demos : Gasparzinho, Biro-biro, Biro, Bibi, o careca, depois Momô e Mô. Nem sei se esqueci algum. Hoje, todos eles compõem o Dr. Tenente Mouribe, para o qual nossos olhares se voltam, nesse momento festivo. De certo que o dia de Tarcinho também está por vir, mas esse é tema pra outra crônica.
Nos três primeiros anos de vida, que foram bem vividos na casa dos avós , eu não acreditava  na possibilidade de um amor maior, visto que ainda não tinha abraçado a maternidade – digo ser  mãe de verdade, dando a luz às minhas filhas, posto que o gostinho da maternidade já se misturava com todo o sentimento que nutria pelo careca, Lheca-lheca, como ele mesmo se dizia, bem como pelos sobrinhos que lhe antecederam: Moema, Adnan e Maíra.
Eita como o tempo passou! Com ele muitas experiências boas, outras tantas ruins. O certo é que tudo o que foi vivido faz deste momento o que ele é: Hora de agradecer a Deus pelas oportunidades que temos em vida e de oferecer-lhe o nosso melhor.
Mais que filho do meu irmão, meu sobrinho querido, primo das minhas meninas, Mouribe agora é cidadão do mundo. É do povo que precisa de cuidados médicos, é dos que sofrem de dores no corpo. Juntamente com Priscylla que se formou enfermeira, é a contribuição do pé de castanhola à saúde e bem estar das pessoas que necessitam de tratamento.
“Aprendendo a amar e a curar”, esse é o título de um livro com o qual presenteei Mª Eunice, minha irmã médica e que incentivei Priscylla a ler e é o que espero, eles tenham aprendido ao longo dos anos de universidade, além de diagnósticos, medicamentos prescritos, intervenções cirúrgicas e cuidados gerais com o corpo do paciente.
Pela dedicatória que li ontem no convite de Mouribe, a certeza de que amar e curar são partes intrínsecas a um mesmo processo e que jamais poderão ser desvinculadas, sob pena de não se alcançar o êxito desejado: o bem estar das pessoas que são e serão cuidadas por eles.
Quando Pri decidiu prestar o vestibular pra enfermagem pensei: eis aí a minha oportunidade de contribuir para a tão pretendida humanização da saúde. Pensei assim porque acredito no quanto a educação que ajudei  a repassar a ela a fez perceber o mundo e as pessoas de maneira humana, como deveria acontecer  com todos.
Pelo que venho constatando, meu tiro foi certeiro. E agora, vendo Mouribe, cujo jeitinho carinhoso herdou do pai e do avô, deixando claro na dedicatória que, apesar de papai não estar mais entre nós enquanto corpo continua sendo seu mestre e seu guia espiritual ratifico o quanto a sombra do pé de castanhola tem nos dado de bom. E incluo entre nós o resto do mundo. Onde ele possa ir com suas “mãos que curam” e mais ainda com sua alma doce, repleta de bons ensejos e boas práticas.
Vai Mouribe. Mostra aos seus, agora colegas, que fazem parte da categoria dos médicos, que se pode, tanto quanto se deve, fazer uso das mãos lavando-as sempre. Porém, que o ato de lavar as mãos não passe de prática de assepsia, jamais tendo a conotação de braços cruzados, de desistência. Mostra que, muitas vezes as dores no corpo são reflexo das dores na alma e que só se cura almas deixando que elas se encontrem e se ajudem mutuamente. Diz que, melhor que o salário de médico, é o prazer de proporcionar a cura. E mais: que, se ela não pode ser paga via dinheiro, nunca poderá deixar de ser praticada.
Vai Mouribe. Com esse teu modo de ser, ensinar a amar e a curar e diz ao mundo inteiro que cura de verdade, só acontece quando se coloca o amor a serviço da cura.
PARABÉNS MOURIBE. MAIS QUE ATLETA, QUE TOCADOR DE VIOLÃO, QUE SOLTADOR DE CORUJA, JOGADOR DE PEÃO, VOCÊ ENCARNA DAQUI PRA FRENTE, NÃO SÓ O SEU DESEJO DE SE R MÉDICO, MAS A SATISFAÇÃO DE SEUS PAIS QUE UM DIA DESEJARAM SER E A ESPERANÇA DE UMA PRÁTICA MÉDICA HUMANA, DEMASIADO HUMANA.
E É CAM- PE -ÃO! É CAM- PE- ÃO!
E VIVA MOMÔ, GENTEEEEEEE!!!!!!!!!!

“Hay Que Endurecer, Pero Sin Perder La Ternura Jamás!”  Lembra dessa máxima, né Zé?
Lola (14/01/11)


Árvore de Natal



A secretária da clínica abre uma pequena árvore de natal, já montada e põe sobre o balcão. Acho estranho, mas prático. No apartamento da praia, repito seu ato, e, de maneira rápida e eficaz, estou com uma arvorzinha montada sobre o aparador de vidro. É um ato meio sem graça, sem ritual. Bom mesmo, apesar de trabalhoso, é montar a grande árvore de casa, cheia de enfeites de toda sorte. Fico exausta, mas vale muito à pena. Ela fica linda e eu cheia de orgulho de tê-la montado ao meu estilo.
É engraçado como cada árvore se assemelha à pessoa que a prepara; a de Fáti é frondosa e acolhedora como ela, a de Leta super organizada, a de Mª Eunice, chique, a de Graça clássica, a de Lulu, lindamente exagerada, a de Zezé, pelo que vejo em fotografias, e é só assim que a vejo, alegre e despojada, a de D. Eliete, criativa e animada...ah, a minha, que o digam as pessoas que a vêem, pois se eu o fizer, dela só contarei vantagem, pois tenho um carinho muito especial por ela e é com esse carinho que a deixo do jeitinho que desejo e um pouquinho diferente a cada ano.
Hoje realizando uma tarefa que não me agrada nem um pouco - estou desmontando minha árvore de natal - acho melancólico e cansativo - enquanto retiro os enfeites fico pensando na praticidade da tal árvore da clínica...da minha da praia...e de outras que eu vejo por aí, que não dão o mínimo trabalho para armar, quanto mais para serem desmontadas.
Mais que enfadonha, a tarefa é mesmo melancólica, pois com a simbologia da árvore muitas vezes guardamos também nossos votos de um bom ano. Quantas promessas, amigos, almas enlevadas pelo espírito natalino, depositamos em caixas e só liberamos com a proximidade do natal seguinte.
Tento não agir dessa forma que condeno, embora saiba que, aqui, acolá, esqueço de alguma coisa ardentemente desejada no período das festas de final de ano, mas não deixo de ter essa sensação desagradável ao descompor minha árvore de natal. Sei que outros natais virão e que serei feliz quando chegarem, e não posso esquecer que esse ritual de passagem é imprescindível para que o ano realmente comece e com ele venham as atitudes que em muito, tornarão meus sonhos realizáveis. E, como diz um querido amigo: tudo tem o seu momento e é chegada a hora de me despedir dos meus inúmeros papais Noel e adereços de natal, entre eles, anjos, bolas, estrelas e uma infinidade de coisas que acho lindas e que por mim, ficariam expostos o ano inteiro. Digo isso ao mesmo tempo em que reconheço que sua aura natalina se esvairia na mesmice cotidiana e eles deixariam de ter o brilho reconhecido, até por mim, que tanto os aprecio.
Que venha realmente o ano novo. Até o final de janeiro só o diremos assim. Amanhã entraremos na segunda quinzena do primeiro mês. Logo deixaremos de percebê-lo assim e ele será apenas mais um ano. E que seja feliz. Que seja próspero. Que seja mais fraterno. Que a alegria de viver seja uma constante. E isso tudo, em grande parte, depende de nós. Pois que façamos o nosso ano acontecer, alegre, colorido, brilhante, diversificado e lindo, como uma árvore de natal.
Lola (14/01/11)

12/01/2011

Citação (Ana Jácomo)

“Essa vontade de espalhar buquês de sorrisos por aí!
Porque os sensíveis, por mais que chorem de vez em quando ou de vez em muito, não deixam adormecer a ideia de um mundo que possa acordar sorrindo.
Pra toda gente. Pra todo ser. Pra toda vida ." 

Esse pensamento diz muito sobre o jeito de   papai ser. Ele adorava me acordar...ficava olhando pra mim, até que eu despertava com um sorriso...ele sempre comentava isso...



11/01/2011

Cinco Anos de Saudade



















 
Cinco anos sem poesia, sem carinho
Sem soprinhos no pescoço
E sem o sorriso que eu achava mais gostoso

Cinco anos de ausência entre nós, aqui na terra
Contando com a certeza de que a eternidade vai ser nossa aliada
E serás nosso pra sempre - Papai, nosso maior presente

Vindo do céu, voltas-te a ele
E é das alturas que vês teus filhos, com altivez superando a tua ausência
Confortados com as lembranças tantas e maravilhosas              

Que já é parte da gente
E assim será para sempre, papai
Saudade, eternamente

Lola (11/01/11)





07/01/2011

06 de Dezembro - Dia de Reis

















Dia dos reis magos, amigos do Menino
Eles que visitaram Jesus, levaram-lhe prendas, cortesia

E receberam em troca a alegria                              
De ver numa manjedoura, tão clara luz

Viva o Menino -Deus, Cristo - Jesus
Que nasceu por nós e morreu na cruz

Viva os três reis: Baltazar,Gaspar e Belchior
Testemunhas da esperança de um mundo melhor                
Lola  ( 06/01/11)


O simbolismo dos presentes
dos três Reis Magos

Na cena do natal, representado através dos presépios, aparece uma cena curiosa: os três reis magos – Belchior, Baltasar e Gaspar – procurando o menino Jesus para adorá-lo, segurando cada um o seu presente. Os presentes estão repletos de um simbolismo religioso que mostra a divindade de Jesus. O significado de cada presente é:

* Ouro: metal precioso, amarelo e brilhante. Simboliza a realeza de Jesus, ou seja, sua dignidade de Rei. Ele nasceu como rei. Ele é o Rei da glória, Sl 24.

* Incenso: resina aromática que se queimava na antiga dispensação. Simboliza a divindade de Jesus. Nesse aspecto, os magos estavam reconhecendo Jesus como Filho de Deus.

* Mirra: resina odorífera, medicinal, produzida pelo "balsamodendron". Simboliza o profetismo de Jesus e também a pureza com que Ele veio ao mundo, livre do pecado original

FONTE: http://www.paroquiasantanadelavras.com.br/artigo/os-significados-dos-presentes-dos-tres-reis-magos

02/01/2011

Citação

"Reflito-me: mulher dando à luz a si mesma. Descobrindo-se desejante e desejável. Frágil. Insana. Orgânica. Ponderada."(Nicole Zeghbi)

Vi esta frase no perfil do orkut da minha amiga Ban e não resisti.

01/01/2011

ORAÇÃO DE ANO NOVO

A minha primeira postagem deste ano é uma oração que resume o que eu penso sobre a vida, as coisas, as pessoas e  Deus. Ela me veio por intermédio de Sinfrônio, mas não sei se ele a escreveu. O que importa é o conteúdo, com o qual me identifico e que quero deixar aqui no blog.

























ORAÇÃO DE ANO NOVO

Senhor Deus, dono do tempo e da eternidade,
teu é o hoje e o amanhã, o passado e o futuro.
Ao acabar mais um ano, quero te dizer obrigado
por tudo aquilo que recebi de Ti.
Obrigado pela vida e pelo amor, pelas flores, pelo ar
e pelo sol, pela alegria e pela dor,
pelo que é possível e pelo que não foi.
Ofereço-te tudo o que fiz neste ano, o trabalho
que pude realizar, as coisas que passaram pelas minhas mãos
e o que com elas pude construir.
Apresento-te as pessoas que ao longo destes meses amei,
as amizades novas e os antigos amores,
os que estão perto de mim e os que estão mais longe,
os que me deram sua mão e aqueles que pude ajudar,
os com quem compartilhei a vida, o trabalho, a dor e a alegria.
Mas também, Senhor, hoje quero Te pedir perdão.
Perdão pelo tempo perdido, pelo dinheiro mal gasto,
pela palavra inútil e o amor desperdiçado.
Perdão pelas obras vazias e pelo trabalho mal feito,
perdão por viver sem entusiasmo.
Também pela oração que aos poucos fui adiando
e que agora venho apresentar-te, por todos meus olvidos,
descuidos e silêncios, novamente te peço perdão.
Nos próximos dias começaremos um novo ano. Paro
a minha vida diante do novo calendário que ainda não se iniciou
e Te apresento estes dias,
que somente Tu sabes se chegarei a vivê-los.
Hoje, Te peço para mim, meus parentes e amigos, a paz e a alegria,
a fortaleza e a prudência, a lucidez e a sabedoria.
Quero viver cada dia com otimismo e bondade,
levando a toda parte um coração cheio de compreensão e paz.
Fecha meus ouvidos a toda falsidade e meus lábios a palavras
mentirosas, egoístas ou que magoem.
Abre, sim, meu ser a tudo o que é bom.
Que meu espírito seja repleto somente de bênçãos
para que as derrame por onde eu passar.
Senhor, a meus amigos que lêem esta mensagem,
enche-os de sabedoria, paz e amor. E que nossa amizade dure
para sempre em nossos corações.
Enche-me, também, de bondade e alegria, para que
todas as pessoas que eu encontrar no meu caminho
possam descobrir em mim um pouquinho de Ti.
Dá-nos um ano feliz, e ensina-nos a repartir felicidade.
Amém.

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