Diz o ditado que antes tarde do que nunca
E que em tudo se deve ver as mãos de Deus
Entortou o pé, mas não entornou o caldo
Há baques na vida que servem como alavancas
Neste sentido desejo que o susto da queda
O permita ensaiar mais um passo da dança
O bêbado e o equilibrista são duas faces da moeda
Nesta dialética da vida aguardo ansiosa
Pelo equilíbrio fazer-se presença constante
Para tocar a vida e narrar eventos
Pra lá das quatro linhas
Além das ondas sonoras do rádio
Dizer da vida que é bonita
Contribuindo incessantemente para sua beleza
Sendo simplesmente o Zelito sóbrio – em todos os sentidos
A família lhe aguarda no aconchego
E espera de você contigüidade
É isso que os pais são para os filhos
É isso que os filhos são para os pais
E o bêbado não cabe mais na corda bamba
Ela passa a ter outra serventia
De sustentáculo, de apoio, de elo, de ligação
E que de tudo isto você retire uma lição
12/01/10
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