Eleição significa escolha. Quando elegemos, optamos entre algumas possibilidades a que mais nos parece viável. É assim em todos os setores da vida e não poderia deixar de ser em relação à política.
Ao elegermos alguns dos tantos candidatos que nos se apresentam à escolha, o fazemos movidos por algum critério. Me desiludo ao perceber que tais critérios na maioria das vezes nada tem a ver com consciência. Muitos deles relacionam-se sim, a praticamente um “tiro no escuro”, visto que entendimento, discernimento e conhecimento de fato, passam longe no momento da escolha.
No primeiro turno das eleições deste ano de 2010, vi tantas justificativas esdrúxulas para os votos, que melhor seria nem ter ficado a par das mesmas.
Esmoreço ao ver que, em muitos casos, a questão religiosa pesa na escolha que, em sua maioria, baseia-se em preconceitos. E entendo que, enquanto as pré noções fundamentarem as opções políticas, a democracia continuará empacada, não se desenvolverá à altura das necessidades sociais.
“Mamãe mandou dizer que eu escolhesse esse daqui” – é quase isso que acontece quando algumas pessoas decidem em quem votar. É lamentável saber que aparência física, amizade, tentativa de agradar a alguém, humorismo, façam parte dos motivos que vêem justificando o voto em determinados candidatos, o que sugere que, dentre tantas maneiras de analfabetismo que existem e que, muitas vezes são criticadas, o analfabetismo político é o que mais vem se manifestando na nossa sociedade brasileira, que tanto se diz em desenvolvimento. Enquanto o analfabetismo político perdurar, não poderemos nos ter como país desenvolvido, pois, muito mais que questões econômicas, fala mais alto o que um povo pensa sobre si mesmo, sobre seus representantes e como encaminha suas escolhas de representatividade.
O segundo turno é uma realidade, em nível local e nacional – espero que consigamos fazer deste fato, um elemento democrático – e que nossas escolhas sejam mais compatíveis com o que um país de verdade espera de seu povo.
Optei pela candidatura de Dilma, na esperança que o projeto de governo popular implantado pelo presidente Lula siga em frente, é claro, com as reelaborações que certamente a maneira peculiar da candidata imprimirá ao seu mandato. Desistir desse projeto seria voltar à estaca zero e negar as transformações pelas quais o nosso país vem passando nesses últimos oito anos.
Em nível de Paraíba, meu voto continuará sendo de Ricardo Coutinho, por acreditar nele enquanto um gestor, um administrados da coisa pública que deu certo em João Pessoa, e que pode,dependendo de seu empenho, e claro, da sua postura política, repetir a dose e tornar a Paraíba em um estado melhor administrado.
DILMA E RICARDO – São minhas opções, são os candidatos que eu elegi como mais próximos daquilo que eu espero de um candidato, entre os que se apresentaram à escolha. E você, já fez a sua opção? Já elegeu os seus candidatos?
Lola ( 04/10/10)
"Ando devagar porque já tive pressa..."
04/10/2010
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