Desde janeiro deste ano eu freqüento assiduamente a comunidade Mário Quintana no Orkut. A M.Q. como a chamamos, é uma comunidade alegre e cheia de pessoas interessantes, o que me cativou.
Pouco tempo depois de adicioná-la, passei a fazer amizades com pessoas de vários estados do país e a me identificar com algumas delas.
Entre as amizades mais queridas, me veio uma pessoa, cuja fotografia de bebê no perfil me fez imaginar se tratar de alguém bem mais velho que eu. Não sei por que, mas foi isso que pensei. E certo dia, lá estava ele, fazendo parte do meu rol de amigos do Orkut. Estou falando de REI, astrólogo, cujas brincadeiras nos vários tópicos que compõem a M.Q. me atraíram de maneira engraçada, pois quase brigávamos brincando, chegando a transparecer uma rixa entre nós.
REI foi se chegando e com ele, além das dicas astrológicas de cada dia, passou a me enviar crônicas, textos, poemas. Num primeiro momento, Manoel de Barros se fez presente diariamente, até chegar a vez de Fabrício Carpinejar.
Este amigo é uma pessoa diferenciada, visto que seu jeito de nos envolver com a palavra escrita vai além de mera indicação de leitura ou sugestão de um texto que leu. Nem tampouco se assemelha aquele tipo de pessoa que, a partir de uma leitura superficial, posa de bom leitor e faz de conta que sabe tudo.
Ao distribuir impecavelmente palavras que dão gosto ler com seus amigos do Orkut, REI vem promovendo uma revolução silenciosa. Tem nos atraído à leitura de uma maneira tão prazerosa, ao ponto de criar expectativa sobre qual será o texto do dia. Digo isso de cadeira, pois é assim que me sinto, envolvida com essa leitura diária que muitas vezes chega a ser a única do dia, dependendo do momento que eu esteja vivendo. Cansada da leitura obrigatória e técnica, nada como relaxar ao mesmo tempo que reflito sobre o cotidiano social e suas facetas contidas de relações de gênero, afeto, aspectos políticos e até banalidades, que me vêm nos textos enviados por REI.
Sou capaz de apostar que se eu fizesse uma enquete pra detectar o impacto que a leitura proposta por REI às amigas da M.Q. obteria resposta semelhante ao que estou confessando; ler “REI” em doses homeopáticas diárias tem nos feito um bem enorme. Seja pelo simples prazer que o ato de ler desperta, ou pelo teor “politicamente correto” que os textos encerram.
Esta singela crônica não dá conta do reconhecimento pelo bem que nossa amizade tem me proporcionado, mas é uma tentativa de expor, em simples palavras o quanto aprecio receber, geralmente no início de cada noite, as dicas do zodíaco envoltas a textos escolhidos a dedo, de maneira que cada pessoa, a partir do encantamento que eles proporcionam, acredite que tenha sido escolhido pensando em si.
REI, você faz jus ao apelido que recebeu. Coroado da grandeza que só pessoas especiais tem, nos faz sentir súditos “reais”, dentro de uma relação virtual repleta de verdade. E ainda me dá dados interessantes para minha mania de pesquisar dois dos objetos de estudo aos quais me dedico, a saber: Relações de Gênero e Realidade Virtual. O que faz da nossa amizade um motivo a mais para me engrandecer como pessoa e como profissional.
Agradeço as dicas recebidas diariamente, agradeço os textos maravilhosos e agradeço demasiado, esta amizade que me proporciona olhares cada vez mais interessantes sobre a vida.
Não poderia terminar sem o indefectível xero. Então, um xero nordestino pra você. E que continuemos construindo nossa amizade tendo a palavra escrita, a qual eu dedico grande afeição, como plano de fundo.
Lola (09/07/11)
Nenhum comentário:
Postar um comentário