“Tudo é tão claro e eu posso ver”
O que a insensatez me escondia
Agora tudo é como a luz do dia
Que não torna a nenhum gato pardo
É tudo obvio e eu então me calo
E não espero respostas impelidas
Pra mim tudo agora faz sentido
Já que não fez sentido algum o que pensei
Saio de cena e não me acanho do espetáculo
Que ensaiei nesta vida, neste palco
Sem haver estréia aplausos, espectador
Então ninguém vai sentir a minha dor
Nem mesmo eu que já estou anestesiada
Sem querer fazer nenhuma piada
Estou calejada e já nem sinto mais nada
Fecham-se as cortinas me abrindo os olhos
Da cegueira me refaço e aproveito
Das lições que a vida me trouxe deste jeito
Poderia até ter sido de outra forma
Mas acredito que tudo foi como devia
Então não há lamentos, sigo a vida
Sem esperar te encontrar em alguma esquina
N’alguma noite encantada em meus sonhos
Dormir apenas terá sentido literal
Aquietar o corpo, descansar os sentidos
Pra reviver a cada despertar
Com os ombros e a alma leves
Sem ilusões e sem correr perigo
Lola (04/11/11)
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