Chuva
(Petronio Paes Franca)
E
o céu tão azul
Do Nordeste
Faz preces
E pede a Jesus
E pede ao Senhor da luz
Que disperse
Ou traga pro Nordeste
As nuvens negras do Sul
E haja luz...Afinal
Senhor! Ninguém merece
Da sua igualdade
Algo tão desigual ...
Do Nordeste
Faz preces
E pede a Jesus
E pede ao Senhor da luz
Que disperse
Ou traga pro Nordeste
As nuvens negras do Sul
E haja luz...Afinal
Senhor! Ninguém merece
Da sua igualdade
Algo tão desigual ...
Já
que este é um espaço onde a discussão existe
Podemos
comentar sem deixar ninguém triste
Então
eu te pergunto:Poeta, de que Nordeste falas?
Estou
à beira da praia e ontem choveu
Fiz
preces a Deus e Ele me ouviu
Não
mandou chuva hoje, hoje o sol saiu
Curti
bela manhã, a cerveja rolou
Agora
estou aqui, diante de ti
E
diante de mim, de minhas "verdades"
Leio
o teu poema e me sinto à vontade
Pra
te perguntar mais uma vez, poeta
De
que Nordeste falas?
Será
que é mesmo chuva o que precisamos?
Ou
de políticas públicas isentas de enganos
E
de enganadores que só fazem pra si
Nunca
pra ti, pra mim, só a eles vêem
E
o Nordeste seco, nosso semi-árido
Sempre
sofre o descaso, nada casual
Isso
é usual, mas tem solução:
Investimento
certo e preocupação
Com
demandas do povo, com irrigação
Não
vês como é Juazeiro e Petrolina também?
Lá
a chuva não cai, mas a água chega
Então
chega de achar que só há Deus pra dar
E
passar a cobrar dos homens da lei
Que
façam o Nordeste freguês, que lhe dêem atenção
E
todos festejarão, terão arroz, feijão
E
o que mais desejarem
E
a felicidade, vai fazer morada
Aqui,
na minha praia e na de todos nós
Ser
Nordeste não dói
Todos
irão saber, assim como você
Que
sei bem que sabe, mas tem responsabilidade
De
chamar atenção e dizer:"Não brinquem não -
O
Nordeste existe -Não o deixem triste -
Façam
isso não."
Lola
(03/01/13)
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