"Ando devagar porque já tive pressa..."

"Ando devagar porque já tive pressa..."
"Ando devagar porque já tive pressa..."

18/10/2020

Sobre o cheiro do abraço

São tantas coisinhas pra lembrar com alegria... Gostaria de não esquecer nunca de certos momentos... Ontem vivi um assim, inesquecível!

Depois de quase 7 mêses sem o prazer do abraço dos netinhos, pra me parabenizar pelo aniversário, Alice me abraçou. Partiu de mim a intenção, visto que ela e Heitor estão bem orientados no sentido dos perigos da pandemia. 

Logo após os parabéns, enlevada  pelo momento, abracei os dois, que estavam ao meu lado pra fotografia.

No abraço, além do aconchego, da amorosidade que vem com ele, ouvi - e quase não ouvia, dada a emoção daquele instante e o barulho da comemoração, uma das coisas mais lindas que Alice já me falou. E olha que coleciono pérolas dela, neste sentido.

Me contou que sentiu meu cheirinho... E que estava com saudades de sentir... Relembrou dos momentos que passamos juntas, às sextas feiras, quando ela vinha direto da escola, passar a tarde comigo. Um dos pontos altos destas tardes de sexta, era o nosso banho e logo em seguida, a maratona de desenhos e "filminhos" que assistíamos, deitadas em minha cama... Então, ela disse que no abraço sentiu o cheirinho daqueles momentos... 

 - "Lembra, vó Loló?" E como eu poderia esquecer? Adoro a companhia dela e de Heitor! Amo ficar com eles, brincar de escrever, de cantar, dançar,  assistir TV,  oferecer comidinhas, mimos... É o que há de melhor nessa vida, pra mim...

Me senti acarinhada. Seus relatos me chegaram como um afago na alma... Como um lindo presente de aniversário, acompanhado dos cartões que os dois fizeram. No de Alice, além de um desenho, a letra de uma música que fez pra mim. No de Heitor, rabisquinhos lindos! - "Foi a gente que fez pra você." E no dia seguinte, a revelação do conteúdo dos tais rabisquinhos: " Vó Loló, eu te amo! Você é minha princesa linda!"

Tem quem aguente tanta fofura, tanto amor? Eu aguento! E mais - me alimento disso tudo e torno meus dias amenos, apesar do caos neles contido. 


Lola, em 17/10/20.


 

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