"Ando devagar porque já tive pressa..."

"Ando devagar porque já tive pressa..."
"Ando devagar porque já tive pressa..."

03/02/2011

Para Tarcinho (pela sua formatura)


 Dizem que os poetas, os poetas de verdade, não escrevem sob encomenda. Aí vou saindo de fininho...me retirando da lista dos possíveis poetas...mas nem to aí...o que me importa nesse momento é satisfazer o gosto do meu querido sobrinho e o meu próprio, escrevendo alguma coisa para lhe dedicar, nesse momento em que celebra a sua formatura.
Ele me pediu uma poesia...Eita! E agora? Estou numa fase de escrever crônicas...mas, se “tudo vale à pena se a alma não é pequena”, eu diria que tenho uma maior que o meu corpo e isso, sabe-se que não é pouco, né?

Bem, pensando em escrever pra Tarcinho não me vem outra coisa à cabeça: um trecho da música de Gonzaguinha, que eu adoro na voz de Nana Cayme – De Volta Ao Começo


E o menino com o brilho do Sol
Na menina dos olhos sorri e estende a mão
Entregando o seu coração
E eu entrego o meu coração
E eu entro na roda
E canto as antigas cantigas de amigo irmão
As canções de amanhecer
Lumiar a escuridão”


Explico: Tarcinho pra mim continua sendo aquele menino lindo, loirinho, com o qual eu me divertia um bocado na praia... Meio calado, na dele, mas também com uma vontade de se envolver com tudo o que fazíamos ali, no Bessa, em João Pessoa, quando eu passava uns dias de verão no seu apartamento.

            Já escrevi sobre as conchinhas do mar, reverenciando um lindo presente que ele me deu e que guardo como jóia rara e também utilizei a música citada. Mas na verdade, jóia rara mesmo é esse “menino, com brilho do sol” no olhar, que agora se torna um homem formado. A graduação em Ciências Contábeis fez dele um “contador” e eu diria que





Um contador conta dinheiro, mas conta causos também
E os conta como ninguém, visto que sabe contar

Um contador conta conchinhas, conchinhas do mar
E todas só pra me dar

Um contador conta os anos, pois o tempo passa
Mas continua menino, rindo de graça

Um contador conta estrelas
E todas no céu, festejam com ele seu dia de glória

E “na glória”, seu pai há de ficar
Feliz, contente, pra comemorar

São tantas as atribuições de um contador que eu nem conto
Só sei que é um encanto me sentir assim

A alegria desses momentos é ímpar e parece não ter fim
Por mim não hesitaria em continuar por aí

Contando o que um contador conta
E dizendo – Isso é Tarcin(ho)


Ai ai...e eu falei que não faria poesia...terminei, de certa forma, fazendo...isso é uma das coisas que também faz um contador – inspira uma tia enlevada pelo momento a lhe escrever um poema. Tudo isso só pra lhe dizer: Parabéns Tarcinho! Torço por você. Segue contando e cantando as alegrias de viver. E que Deus sempre esteja com você.

Lola (02/02/11)



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