Bebo a vida contida no copo de whisky
Sinto seu gosto forte que me atiça
Largo o mau humor e a preguiça
E mexo o gelo com os dedos
Nada há mais, não há segredos
Sorvo com gosto tudo isso
Tirando o gosto com as mãos
Sempre estendidas em acolhida
Em afazeres e em afagos
Mal sinto o dia chegar a cabo
E me recolho ao perceber
E o amanhã virá para eu viver
Tudo de novo do meu jeito
E quem não achar que é direito
Que escolha, exerça o livre arbítrio
Fazendo seus dias mais bonitos
E vivendo sempre ao seu gosto
Isto não me trás nenhum desgosto
Pelo contrário, me interesso
Por tudo o quanto for diverso
Vida vivida, absorvida
Como um gole de bebida
Whisky, a minha preferida
Metáfora do líquido que vivifica
Toda nuance nela contida
Lola (17/03/11)
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