A mulher pega o vinho e enche a taça
Sente o cheiro do tinto muito fresco
Degusta como quem se delicia
Com a vida em forma de poesia
Enche a taça novamente e bebe tudo
O conteúdo da garrafa vai-se indo
E a mulher sente-se suave, quase dormindo
E deita o corpo a procura de abrigo
Em outro corpo que só ela sente e gosta
Que só ela se apodera e se deleita
Depois adormece satisfeita e refeita
E noutras noites abrirá outras garrafas
Do puro vinho que é da cor de sangue puro
Do que ela dá todos os dias, dando duro
Cujo cansaço elimina com uns goles
Do vinho tinto guardado em sua adega
Com ele a vida segue em frente, sempre em festa
E desce suave, prazerosa e degustada
Quase como uma dose de vinho em fina taça
Que a mulher ousa repetir em prol da causa
Lola (20 e 21/03/11)
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