Desejar-te é bom, mas me dá medo
Sinto o peso de querer tanto assim
Me incomoda a distância, o (des)compromisso
Me incomoda te querer só para mim
O que faço se o teu olhar me persegue
Mesmo que esconda muitas vezes, se impõe
Como tu mesmo, aqui cá dentro do meu peito
E eu me perco pensando me preservar
Que ilusão vivo agora – e agora?
Tu vais embora sem nem mesmo eu ver chegar
Mas continuas insistente no meu leito
Quando me deito tentando descansar
Lá vem o olhar, que me inquieta e me apavora
Lá está o sorriso carinhoso que já vi
E continua se impondo a tua presença
Junto à ausência que eu sinto sempre aqui
E haja incertezas brincando com meu sentir
Mas uma certeza me acompanha sempre sim
Esta certeza é o que me faz buscar a ti
Mesmo sabendo que é perigoso o teu olhar
É perigoso e inevitável eu bem sei
Tão magnético, atraente e verdadeiro
Que a única coisa que eu sinto quando o vejo
É essa vontade de te dar um milhão de” xeros”
Lola (11/04/11)
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