Adoro a palavra escrita. Ela combina comigo de tal maneira que muitas vezes sinto vontade de escrever ao pé do ouvido... De sussurrar um texto escrito na hora, no calor da emoção.
Me apraz muito mais a caneta ou os teclados do que um microfone. Nada contra o microfone, as platéias, até porque sinto muito prazer em sala de aula e me faço compreender muito bem.
Mas a escrita me fascina de um jeito que não tem jeito.Tenho que partir para o papel, para o monitor de um computador.
Chego a escrever em guardanapos, em papel higiênico ou de embrulho, para não perder o clima do momento da inspiração. E quando falo em inspiração não estou querendo dizer que sou muito inspirada, que tenho idéias fantásticas, não. Mas as que tenho são minhas, fazem parte de mim, de minha identidade, que venho construindo nestes meus 46 anos.
Gosto tanto de escrever, que já falei tudo isto que escrevo agora muitas vezes, e nem por isso deixei de desejar um momento em que aflorasse, saltando à boca, ou melhor, às teclas, umas palavrinhas, pra que eu me deliciasse com elas a cada dígito e depois a cada releitura.
Quero escrever o mais que puder e quero isso agora. Quero dizer o que eu sinto o que desejo e o que me dá medo. Quero ser feliz ou triste o que é comum acontecer, mas quero sentir tudo isso em minhas mãos, nas pontas dos dedos.
E o bom da escrita é que o interlocutor pode estar à distância e pode nem ler hoje o que digo. Mas se um dia ele, o interlocutor que desejo acessar meus escritos, ah, isso me trás uma felicidade ímpar e sem preço. A alegria que eu quero e que eu mereço. Por isso mesmo continuarei a escrever.
Escreverei palavras amenas. Escreverei palavras pequenas. Escreverei meus sentimentos e até o meu lamento. Mas jamais deixarei de escrever.
Lola (20/04/11)
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