"Ando devagar porque já tive pressa..."
20/08/2011
“Colírio para os Olhos e Música Para os Ouvidos”
Ontem participei de um evento do tipo que eu mais gosto - em família. Tratou-se do aniversário da minha tia Neves. Ela fez oitenta anos e era gêmea de tia Céu, que se foi com pouco mais da metade desta idade. Tia Céu, além de muito querida era a minha madrinha e eu tinha por ela uma admiração especial, tanto que a escolhi para ser minha dinda, isso aos nove anos de idade.
Mas falemos em tia Neves e na comemoração dos seus oitentinhas. Foi um momento especial, onde poucos convidados se fizeram presentes, mas a receptividade dos anfitriões e o aconchego da vida familiar foi a tônica.
Percebi em tia Neves, um brilho no olhar que há muito não via, e a alegria de estar a nos receber.
A cada momento eu sentia falta de mamãe, apesar de praticamente a ver pelos cantos da casa. Além da ausência das tias e tios que já partiram desta vida. Tia Neves é a única irmã viva, por parte de vovó (os demais tios estão vivos mas são filhos apenas de vovô.
Posso afirmar que um dos momentos mais lindos foi o recital de Tiago, neto de tia Neves, que deu um show espetacular e encheu nossos ouvidos de boa música, tanto quanto os nossos olhos de lágrima e nossas peles de arrepio. A voz dele parece que vem do céu e volta a ele em segundos, nos quais sentimos o corpo praticamente levitar.
Linda voz, lindo repertório e mais linda ainda a iniciativa do jovem tenor de nos presentear com sua música.
Para cada ária um comentário explicativo. Sempre sonhei em assistir uma ópera e ontem pela primeira vez, praticamente me senti como se assim o fizesse, inclusive pela elegância do cantor, tanto em relação ao figurino quanto aos modos.
A vida nos reserva surpresas boas. Que bom! Apesar de tantos pesares, conseguimos retomar o fôlego em momentos como aquele, onde a comunhão com a família e a arte nos enlevam o espírito.
Entendi o momento de ontem como um refrigério para nossos corpos e almas cansados de chorar de saudades e de aflições.
O momento dos parabéns, a volta na mesa (costume lá de casa), os pedidos de bênçãos para a aniversariante, e por fim, a oração da prima Conceição, filha de tia Neves, que pediu ao criador que nos renovasse as vidas e aceitasse o pedido de cada um de nós como sendo o seu intento a partir de então, a resolução dos mesmos.
Leve – é assim que me sinto ainda hoje e garanto, me sentirei amanhã. Porque um evento desses transcende ao momento e irradia bênçãos e glórias por um bom tempo.
Agradeço a Deus pela vida da minha tia querida e pela união da nossa família, ratificada naquele sublime momento - “Colírio para os Olhos e Música Para os Ouvidos”.
Lola (20/08/11)
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