"Ando devagar porque já tive pressa..."

"Ando devagar porque já tive pressa..."
"Ando devagar porque já tive pressa..."

14/02/2021

Sobre o dom da amizade

Tenho 56 anos e durante minha trajetória sempre cultivei amizades. Tenho uma amiga do Jardim de infância, amigos da rua onde morei até os 19 anos, quando casei, amigos da escola, da universidade, virtuais... Não passo sem amizades, e hoje, assistindo o É de Casa, nesta manhã chuvosa em João Pessoa, vejo uma matéria sobre amizade, que tem um dia de comemoração que é amanhã, dia 14 de fevereiro.

Ao tempo que vejo Zezé Polessa falando sobre o tema a Patrícia Poeta, me vem a poética do significado do amigo na vida das pessoas. E resolvi escrever a respeito. Vou dar uma pausa para focar no programa e retorno para continuar.

Retomando a palavra, recordo dias remotos, quando a amizade já apontava como algo importante em.minha vida. E dando um grande salto, analiso este último ano, marcado pela pandemia do Novo Corona Vírus e pela prática do isolamento social e, a despeito do distanciamento presencial da minha grande família, destaco a presença das minhas amizades como fundamental à minha saúde mental. E ressalto alguns amigos como imprescindíveis neste tempo que seria apenas de sombra, não fosse o colorido de suas presenças.

Como seriam meus dias sem dividir, mesmo que de forma remota, via redes sociais, angústias, mas sobretudo esperanças, com eles?

Agradeço a dádiva de ter e ser amiga, já que não existe amizade  via de mão única. 

Ser e  estar para o outro, interagir, reciprocidade, são requisitos à construção dos relacionamentos de amizade. Eles não surgem do nada ou por acaso. São respostas do universo às nossas atitudes que são respaldadas pelas pessoas com quem interagimos.

Compartilhar momentos, acontecimentos, tristezas, alegrias e até banalidades, nos permite a sensação de estar vivo. E isso é fundamental para continuarmos vivos de fato. Como mensurar, então, a grandeza desta relação interpessoal chamada amizade? 

Na impossibilidade de medir quantitativamente, me detenho em aprofundar o sentimento e agradecer a Mildred, desde o Jardim de Infância, a Fubica, que resgatei desde os encontros virtuais dos colegas do CPUC, com quem divido alguns momentos e idéias remotamente, o que me enche de satisfação, ao meu grupinho querido, também herança "cepuquiana" - Tela, Edilene, Tatiana, Libânia e Selma, com quem nunca perdi o contato e temos atravessado períodos diferentes da vida. Esta última também do Bairro Santo Antônio, onde compartilhamos as brincadeiras de rua, desde os nossos 11 anos de idade - À minha duplinha amada, Mara e Enedina, que a universidade me deu e eu não largo jamais, bem como a Jussara, amizade também da graduação e aprofundada no mestrado. Relação que só cresce e me faz feliz.

Posto isto, reflito que a vida continua e que, independe de sua lógica, nem sempre por nós compreendida, não fosse o poder que a amizade exerce em minha existência, eu não me sentiria tão viva quanto me sinto, mesmo que vivendo num tempo onde a doença e a morte campeia e muito nos entristece. Prevalece em mim, o zelo, o carinho, a atenção, a disponibilidade e o colorido que as minhas amizades me proporcionam. E por elas sou grata. E por elas rogo a Deus. E por elas sou quem sou, justamente por cada amigo ser quem é.

Viva o Dia da Amizade! Viva os amigos! (Inclusive os não citados aqui) Viva! 



Lola, em 13/02/21, agradecendo a Deus o dom da Amizade.



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