Se há algo que tudo é, é passado. Tudo é transitório.
Nas minhas incursões em minhas memórias e análise
cotidianas, reflito sobre o peso que algumas coisas ou aspectos da minha vida
tiveram sobre mim. E constato que muito virou passado e que o restante também
está fadado a ser.
Como se relacionar com a vida, após tal constatação? Eu
diria que, mais ou menos, da maneira que venho, nestes 55 anos de vida,
aprendendo.
A vida é
preciosíssima e vale a pena ser tratada com o zelo merecido. Nem mais, nem
menos. Agir dessa forma não requer exageros em nenhuma de suas facetas, nem tão
pouco lhe negar cuidados e atenção. Isso, relacionado às coisas é ainda mais
verdadeiro.
“Amar a vida nunca vai mudar o sentimento de rir e de
chorar”, baseada nesta certeza, sigo acreditando que, independentemente do
sentimento de riso ou choro, amar é sempre a melhor opção. E sigo
amando...Principalmente as pessoas que me são próximas, a vida, em toda sua
complexidade e as coisas que tenho oportunidade de possuir e que em algum
aspecto, tem a ver com meus gostos, meu jeito de ser.
Quando virarem passado, que as pessoas continuem a existir
no meu pensamento e no meu coração. E que a expectativa do reencontro me fortaleça
e atenue a saudade... Que a vida seja vivida dentro da perspectiva de “um dia
de cada vez”, sem me tornar ansiosa ou saudosista...Que as coisas que me
identificam, digam algo sobre mim e povoem, quando em vez, minhas
reminiscências... E que o amor, ah, o amor... Este seja a razão primeira e
última de minha existência. Pois tudo vira passado, mas dentro da lógica da transitoriedade, só o amor é eterno...
Lola (07/10/19)
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