Do serrote que corta o pinho que compõe o instrumento
Também emana sons incríveis.
Vi isto nas ruas de Nova York,
Mostrado num programa cultural.
Artista de rua tocando um serrote,
Quem diria?
E o som que dele saia,
Não se confundia com os de outros instrumentos,
A não ser a voz
humana.
Ouvi uma cantora lírica através da rudeza de um serrote.
Meu encantamento foi além do som que ouvi.
Encontrou a alegria da artista, que, ao empunhar um serrote,
O fazia com o prazer que que qualquer músico sente ao
segurar seu instrumento.
Entendi que não importa como nem o que nos faz tocar
E que tocar as sensibilidades é o primeiro e derradeiro
motivo da existência da arte.
Bem como, refleti que o mesmo deve se dar em relação à vida,
Cuja pluralidade de sons multifacetados e repletos de
nuances,
Pode nos proporcionar um concerto capaz de consertar o
mundo.
Lola, em 04/07/20 – (Embevecida com as possibilidades sonoras)
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