Lá se ia o caminhão pelos caminhos
Carregando alegria saltitante
Em Areia encontrava fogueira em lenha
Cujo fogo iria arder mais tarde
Os balões ainda dobrados anunciavam
A noite colorida que viria
Os fogos de artifício, bem guardados
Começavam a surgir, pra enfeitar
A festa que se iniciara na véspera
Na espera do seu dia chegar
Com as crianças gritando, se esbarrando
E o forró tocando, sem parar
Com os donos da casa satisfeitos
De a família toda receber
Sem parar de rir nem de servir
Guloseimas pra a gente se esbaldar
E a noite passando, o tempo indo
Para a manhã receber de presente
O último balão e a fogueira ainda ardente
Mesmo que agora em brasas tão somente
Todo o povo cansado, desarmado
Só querendo colchão pra acomodar
O corpo fadigado da festança
Que ainda haveria muito a dar
Pois o sol já alto prenunciaria
Mais um dia de folguedo e de danças
De cachaça, de bode, de festejos
Como que a avisar a São Pedro
Que ele haveria de se desdobrar
Pra fazer festa ao menos parecida,
Já que igual aquela não há
A não ser no São João do próximo ano
Quando haveríamos de ali voltar
Pra relembrar e fazer tudo de novo
Festejar o santo que é do povo
Parabenizar o aniversariante , comer bolo
Curtir a família e acenar
Na despedida, para quem por lá ficará
Com o coração pedindo, a desejar
Pra que a viagem de volta seja tranqüila
Pois não daria para imaginar
Que a festa continuaria pela estrada
Onde cantando iam todos encantados
Com os pavilhões das pequeninas cidades
Como se fossem palcos e cenários
Já que mostravam pra nós um outro lado
Das festas juninas do nosso estado
E só acabaria bem depois, já tarde
Quando chegasse cada qual em sua casa
E pusesse as crianças pra dormir
E então elas poderiam sonhar
Com o São João melhor que pode existir.
"Ando devagar porque já tive pressa..."
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