Meu pé de manacá veio sorridente.
Não trouxe nem um flor, mas esperança em suas folhas verdes.
Me deu alegria antes de saber que existia.
Tenho certeza que suavizará meus dias.
Lola, em 16/10/20.
Meu pé de manacá veio sorridente.
Não trouxe nem um flor, mas esperança em suas folhas verdes.
Me deu alegria antes de saber que existia.
Tenho certeza que suavizará meus dias.
Lola, em 16/10/20.
São tantas coisinhas pra lembrar com alegria... Gostaria de não esquecer nunca de certos momentos... Ontem vivi um assim, inesquecível!
Depois de quase 7 mêses sem o prazer do abraço dos netinhos, pra me parabenizar pelo aniversário, Alice me abraçou. Partiu de mim a intenção, visto que ela e Heitor estão bem orientados no sentido dos perigos da pandemia.
Logo após os parabéns, enlevada pelo momento, abracei os dois, que estavam ao meu lado pra fotografia.
No abraço, além do aconchego, da amorosidade que vem com ele, ouvi - e quase não ouvia, dada a emoção daquele instante e o barulho da comemoração, uma das coisas mais lindas que Alice já me falou. E olha que coleciono pérolas dela, neste sentido.
Me contou que sentiu meu cheirinho... E que estava com saudades de sentir... Relembrou dos momentos que passamos juntas, às sextas feiras, quando ela vinha direto da escola, passar a tarde comigo. Um dos pontos altos destas tardes de sexta, era o nosso banho e logo em seguida, a maratona de desenhos e "filminhos" que assistíamos, deitadas em minha cama... Então, ela disse que no abraço sentiu o cheirinho daqueles momentos...
- "Lembra, vó Loló?" E como eu poderia esquecer? Adoro a companhia dela e de Heitor! Amo ficar com eles, brincar de escrever, de cantar, dançar, assistir TV, oferecer comidinhas, mimos... É o que há de melhor nessa vida, pra mim...
Me senti acarinhada. Seus relatos me chegaram como um afago na alma... Como um lindo presente de aniversário, acompanhado dos cartões que os dois fizeram. No de Alice, além de um desenho, a letra de uma música que fez pra mim. No de Heitor, rabisquinhos lindos! - "Foi a gente que fez pra você." E no dia seguinte, a revelação do conteúdo dos tais rabisquinhos: " Vó Loló, eu te amo! Você é minha princesa linda!"
Tem quem aguente tanta fofura, tanto amor? Eu aguento! E mais - me alimento disso tudo e torno meus dias amenos, apesar do caos neles contido.
Lola, em 17/10/20.
O que se faz ao se sentir saudades?
Como agir se sentimentos traem?
Ah, eu não sei nada de mim, nem de ti.
Só sinto muito se tudo é assim.
Mas também sinto que pode mudar
E vir a ser o que eu me permitir.
Fica o convite pra vires comigo
E sermos juntos o que desejo tanto.
Vem, mas vem mesmo, vem ficar comigo.
Vem, meu menino, que criei sonhando
E adormeci sem ter perto de mim.
Lola, em 09/10/20.
Janela da vida - outonal, primaveril.
Quem sabe, de verão, ou até inverno
O que importa é o que se encontra interno,
No nosso coração, cuja colheita
Pode até não ser perfeita, mas é nossa
Marcada pelo nosso esforço - nossa obra.
Lola (29/03/19)
Em Adélia ,vi Inácia, minha colega das séries iniciais, nas Lourdinas. Menina negra, que não conseguia brincar de roda, simplesmente porque a única criança que aceitava pegar em suas mãos era eu.
Em Ivone, vi meu medo de me expor em concursos para professor... Medo de me expor na hora de concorrer. Sei que sou boa em sociologia e antropologia, adoro uma sala de aula - me sinto no lugar e momento certos- consigo trabalhar os conteúdos de forma a tornar agradável o processo ensino/aprendizagem. Mas me tirem de uma seleção com aula expositiva. Sou capaz de gaguejar, quanto mais travar a voz, o raciocínio e a vontade de viver.
Em Lígia, vi meus momentos, ora ousados, ora recatados... Quando sinto vontade de, muitas vezes, ir além do que socialmente é esperado de mim. A oscilação entre a esposa, mãe, profissional, mulher plural e complexa.
Em Tereza, vi minha competência, nem sempre aparente, minha condição de mulher amável e amante, meu jeito de crer na pluralidade de formas de amar e de se relacionar ...
Em Malu, vi um pouco da criação que tive, dos cuidados paternos, na vocação para a verdade das coisas... Mas vi também o que eu não sou capaz... Malu realmente transforma em possibilidades tudo o que lhe obstaculariza os caminhos. Apesar de ir à luta e de não ser do tipo que chora o leite derramado, estou longe de ser audaciosa e prática como Malu.
Mas sou eu e gosto muito do que sou - em contínuo processo de construção e reconstrução, vir a ser permanente...
Lola, baseada nas personagens da série Coisa mais linda.
Eu tenho certa resistência às mudanças... Mesmo assim, estou aberta a elas e aproveito as oportunidades que a vida oferece.
Hoje experimentei um dia dos avós diferente dos oito que vivenciei desde que Alice me tornou avó - uma comemoração remota.
Eles me ligaram por chamada de vídeo, pela manhã. E no início da noite, demos continuidade às conversas e brincadeiras que havíamos começado.
Adoro conversar com eles assim e vê-los brincando e se esforçando (como se fosse necessário) para nos agradar. Hoje combinei de fazer uma geleia de morango, há alguns dias prometida, em tempo real. Eles viram todas as etapas e Alice até anotou o passo a passo. A geleia está pronta, fria e acomodada em um vidro. Amanhã o vovô Rostand irá fazer a entrega.
O sabor vai além dos morangos... Transcendeu pra gostinho de céu, disfarçado em casa de vó... Com a certeza de que minhas "formiguinhas" vão adorar, caprichei na doçura.
Se prestarmos atenção, há muitas coisas na vida que não tem preço, mas cujo valor é imensurável. Mimar meus queridinhos se enquadra numa destas coisas e me faz um bem enorme.
Vivi hoje um dia dos avós diferente, mas muito bom. Claro que sinto falta dos abraços, beijinhos e cheirinhos deles. Mas conto com o amor que vejo em seus olhinhos e na sua alegria de estar conosco.
Agradeço pelo dia de hoje e, principalmente, pela condição de avó. E desejo a todos os avós do mundo, que logo estejam juntos aos seus netos e possam desfrutar de suas amorosas companhias. Que tudo isso logo passe e continuemos a ser felizes com o que tivermos para o momento. O que temos pra hoje é a certeza de sermos avós e isso nos basta.
O meu dia dos avós foi muito feliz. Espero que o de todos também.
Lola, em 26/07/20 - Dia de Santa Ana e São Joaquim, avós de Jesus)
Num instante, ponho meus livros abaixo,
Elevo meus pensamentos.
Lembranças quase se escrevem sozinhas nas páginas em branco da minha vida.
Visito tantas escritas, lembro das nunca ditas.
Fica a saudade sem dor, a alegria espalhada
Entre as prateleiras, agora quase vazias,
A espera de reorganização da estrada ainda a percorrer.
O pó retirado resseca as mãos e molha os olhos.
Cada pessoa tem a estante de livros que merece.
A minha, hoje arrumada, revista,
Diz muito do que penso e acredito sobre a vida.
Lola, em 22/08/20 (arrumando a estante)
O que o tempo faz de mim e o que aproveito dele?
Nossa relação existe e às vezes é conflituosa.
Mas não o culpo e tento não criar expectativas,
Quem sabe, assim a vida siga mais tranquila...
"Se der tempo", "daqui a um tempo", "há tanto tempo",
Muitas vezes soa como desculpas.
Ele atravessa em minha frente
E eu nem sempre consigo reagir.
Tudo o que faço é prosseguir...
E me ajustar ao tempo que Deus deu pra mim.
Lola, em 30/08/20.
"Quando entrar setembro e a boa nova andar nos campos",
Que seja céu azul, mar imenso, praia sem fim.
Que o perdão plantado seja colhido e acolhido por todos.
Que o sonhar junto enseje realizações coletivas.
Que a canção nova, além da primavera, nos traga janelas e peitos abertos, lições aprendidas.
Que seja assim a vida, quando setembro chegar.
Lola, em 11/08/20
Festejar é preciso... Não deixar a peteca cair, imprescindível... A vida segue, dentro de sua lógica própria... Nem sempre compreensível aos nossos olhares, embora nossos sentimentos e intuições sugiram a necessidade de confiar nos desígnios de Deus... E assim o fazemos... Seguimos... Nem sempre firmes, nem sempre fortes, mas desfrutando do que temos pra hoje, esperançosos no amanhã, que pode até demorar, mas há de chegar...VivaSão Pedro!
Lola, em 29/06/20.
Nota a nota, ouço o som da tua voz.
E me dizes tanto, quando escuto
As músicas escolhidas, dedo a dedo,
Me convidando a dançar - ai que desejo!
Então aceito e passo a passo, me enamoro.
Então acordo e os acordes não me saem...
Sigo sozinha sem esperanças, sigo em paz...
Quem sabe, um dia, entre nós, se desfaçam os nós.
E o que hoje é sonho meu, seja sonhado pelos dois.
Lola, em 10/08/20
Do que eu sinto, muito não publico.
Impublicável, não minto.
Mas não me arrependo nem um pouco,
Visto que de louco, todos nós temos um pouco.
Então insisto e ainda digo:
É bom demais sentir assim, e é tão bonito!
Que até os que loucos não são,
Dariam tudo pra viver também
enlouquecidos de paixão.
Sem controle do próprio coração,
Que não publica, enquanto grita, internamente.
E eternamente continuam sim,
Com impublicáveis desejos e sentimentos.
E sem lamentos por viverem assim.
Lola, em 11/08/20
F eito coisa que só Deus nos dá,
L inda como a primavera,
A miga como poucas há,
V ivinha é assim, pessoa bela.
I nimiga do que causa dor,
A mor é o sobrenome dela.
🌹🌹🌹🌹🌹🌹🌹
Para Flavinha, minha sobrinha querida, no dia do seu aniversário, ofereço este acróstico, como singela homenagem.
Não que ele esgote o que penso sobre ela, mas certamente, pontua algumas características que a tornam a pessoa admirável que é e a quem eu muito admiro e amo.
Parabéns, Fla ❣️
Deus te cubra de bençãos.
Saúde ❣️ Saúde ❣️ Saúde ❣️
🌹🌹🌹🌹🌹🌹
Como música de Flávio Venturini
Eu te ouço
Te curto
Te decoro
Não demoro a me encantar, se eu te vejo
E quase morro se não te tenho aqui
Lola (10 e 11/08/14)