"Ando devagar porque já tive pressa..."

"Ando devagar porque já tive pressa..."
"Ando devagar porque já tive pressa..."

21/10/2012

O Sorriso da "Gatinha" Alice





O sorriso do gato de Alice
Nada mais é do que sarcasmo, ironia pura

De nada adianta tanta boca
Se não sorri como se deve, à altura

Das alegrias que a vida a nós empresta
Então por isso pra mim ele não presta

O que vale na verdade, asseguro
É o sorriso de Alice Araujo

Tão lindo, cheio de si, tão seguro
Que o que há de melhor nesse mundo, já disse

É o lindo sorriso de Alice
Araujo, Morais, tanto faz

Porque o que na verdade nos apraz
É o sorriso da "gatinha" Alice, nada mais

Lola (21/10/12)

17/10/2012

Outubro Rosa

“A beleza está nos olhos de quem vê”



“A beleza está nos olhos de quem vê”
Isto em muito combina com você
Que tem olhos que eu não posso ver
Pois me penetram a alma de um jeito tão profundo
Que nem a beleza de todo o mundo
Seria capaz de mais me encantar

E se me encanto com o seu belo olhar
Se sou sugada e só a ele vejo
Nada mais quero além dos doces beijos
Que ao fechá-los posso saborear
E nada mais há além do nosso amor
Quando se abrem e vejo de novo o seu olhar

Ele, onde a beleza sempre está
E que eu vejo ao lhe contemplar
Já que a “beleza está nos olhos de quem vê”
E é você quem vê com esse seu olhar
Lola (16/10/12)

08/10/2012

De Ser Poeta



Lembro-me muito bem da sensação gostosa que experimentei quando da primeira vez que fui chamada de professora. Me despertou um sentimento de conquista de uma posição para a qual me preparei com carinho e empenho, além de uma alegria relacionada à conquista. Muito bom mesmo!
Sempre gostei de escrever, desde as cartas da infância, que remetia ao meu irmão mais velho que sendo 15 anos mais velho que eu, saiu de casa para cursar faculdade em Recife quando eu ainda era criança, e depois, na adolescência, a duas irmãs que moraram em São Paulo  e uma outra em Santa Maria, até despertar para a escrita de crônicas e poemas.
Escrever crônicas me apareceu como uma forma de expressão gostosa, prazerosa, mas muito relacionada à técnica de redação que fui exercitando durante a vida de estudante, principalmente a acadêmica.
Passei a rabiscar alguns poemas, também dentro da mesma perspectiva de sentir prazer escrevendo e de extravasar sentimentos. Portanto, as crônicas e os poemas me encontraram, ou os encontrei, não sei bem ao certo, em momento de luto pela perda do meu pai. Foi a ferramenta que me permitiu exteriorizar sentimentos confusos que me afligiram naquele momento de dor. Porém, depois passou a ser uma forma de, alegremente, recordar tudo de bom que vivi e venho vivendo ao longo dos dias.
Três parágrafos me foram necessários para introduzir a afirmação de que, tanto quanto ser chamada de professora me fez feliz, passar a ser chamada de poeta ou poetisa me encheu de alegria. Não que eu realmente me considere uma poetisa, não! Mas pelo afeto que percebo na recepção aos meus escritos. No carinho que encontro entre as pessoas que se ocupam em ler o que eu escrevo e se preocupam em me dar um retorno desta leitura. Me chamar de poeta ou poetisa, passou a ser uma manifestação de reconhecimento de que minhas palavras não são vazias de significados. E eu acolhi o predicado com muito carinho, me sentindo agradecida e principalmente comprometida com meus leitores, se é que posso chamar assim. O que me faz mais exigente a cada dia e preocupada com o que e como escrevo e mais ainda; se antes eu escrevia para mim, numa forma de exorcizar dores, medos, problemas, além de claro, exteriorizar a minha alegria de viver, hoje me preocupo também com quem me lê, e essa preocupação me faz aproximar mais ainda das pessoas e entender suas maneiras de encarar a vida, aprendendo muito com elas.
Ser chamada de poeta ou poetiza, é algo muito especial em minha vida. E pretendo continuar merecendo este tratamento, de forma que escrever tem sido cada vez mais, uma atitude corriqueira, a qual venho naturalizando e introjetando como prática cotidiana sem a qual me sinto incompleta e com a qual me sinto plena.

Lola (08/10/12)

05/10/2012

De Ferir e Ser Ferido



Quem com ferro fere
Não sabe fazer mais nada
Pra tantas coisas ele serve
Não deve ser uma arma

Quem com ferro é ferido
É digno de dó, coitado
Talvez nem tenha amigos
Ou seja desabrigado

Ferro é forte, é força, é tanto
Que sempre o utilizamos
Nos fornece utilitários
Não deve ser banalizado

Tome cuidado consigo
E também com os amigos
Nunca com ferro fira
Pra com ferro não ser ferido

Lola (05/10/12)



03/10/2012

De Encontros Clandestinos



Te encontro em lugar e hora que nem tu desconfias
Pode ser tarde da noite ou raiar do dia
Só a tua presença me alivia
Só contigo tenho bom dia
A tarde é fria, sem a tua companhia
E a noite insone, sem ti, sem poesia...

Lola (03/10/12)

02/10/2012

Dos Contrastes (Ou: Como a Joaninha Sobre a Folha Verde)


Entre os aspectos que compõem a beleza
Encontro o que há de mais pertinente no contraste, com certeza
(Como a Joaninha Sobre a Folha Verde)

É ele que faz aflorar o que há de essencial
E em lugar nenhum no mundo se vê igual

E pode-se perceber de maneira contrastante
Toda nuance contida em cada coisa ou semblante

Como nos mostra a natureza que Deus nos deu
Onde os detalhes se fazem minúcias e nem ateu
Consegue duvidar que seja encantador
E que a base de tudo é o amor

Lola (02/10/12)










Das Sutilezas



As sutilezas da vida
Me admiram e fascinam
Não foi a toa que um dia
Escolhi pra profissão

A ciência das nuances
Dos detalhes, das minúcias
Aquela que tudo escuta
Aquela que tudo vê

Que se chama antropologia
E que em plena luz do dia
Trás mais luz ao que já é claro
Explicando as diferenças

E de uma sutil fenômeno
Consegue enxergar mais
Do que realmente mostra
Analisa, toma nota

De coisas que a olhos nus
O homem ordinário não enxerga
E que pode ser a resposta
Pra tudo o que mais importa

No Cenário cultural
Singelo detalhe, ínfimo
Que se agiganta se a gente
Olha com olhar diferente

E assume como normal
É de sutilezas que a vida
Se enfeita de beleza
E a natureza acredita

Que ficando mais bonita
Com seu sutil primor
Será sempre o amor maior
Que se fale, que se diga

Lola (02/10/12

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