"Ando devagar porque já tive pressa..."

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"Ando devagar porque já tive pressa..."

29/05/2011

Menino Bonito (Rita Lee)

Lindo!
E eu me sinto enfeitiçada
Correndo perigo
Seu olhar
É simplesmente
Lindo!...

Mas também não diz mais nada
Menino bonito
E então quero olhar você
Depois ir embora
Ah! Ah!
Sem dizer o porquê
Eu sou cigana
Ah! Ah!
Basta olhar prá você...

E eu me sinto enfeitiçada
Correndo perigo
Seu olhar
É simplesmente
Lindo!...

Mas também não diz mais nada
Menino bonito
E então quero olhar você
Depois ir embora
Ah! Ah!
Sem dizer o porquê
Eu sou cigana
Ah! Ah!
Basta olhar prá você...

Depois ir embora
Ah! Ah!
Sem dizer o porquê
Eu sou cigana
Ah! Ah!
Basta olhar prá você...

Sobre a Solidão

A solidão só acontece quando nos abandonamos em função de superestimar outrem
A auto estima evita que cheguemos a esse ponto e ela é imprescindível
Temos que nos amar primeiramente, para podermos amar outras pessoas
Olhe pra dentro de si e veja que merece ser amada e ame-se
Daí pra frente, estar sem alguém à volta é contingência, não mais solidão

Lola (fevereiro/2011)

Juras de Amor

Tuas juras de amor são como preces
E enquanto oras muitas vezes me esqueces
E com a oração vai-se perdendo o entusiasmo
E eu fico aqui, aflita se não te acho

Posto que amar é dar-se e comprometer-se
Assim se vive mais intensamente
Já que estamos nesse barco que é a vida
Que remamos e aprendamos com as ondas

Lola (2011)

De Acreditar

Vou vivendo esse momento tão bonito
E agradecendo a Deus por tudo isso
O mundo em minha volta é todo lindo
Desde que eu acredite, e acredito

Lola (2011)

Pluma

Pousando tua leveza em mim
Sinto-te pluma, no meu corpo encostada
Abraço a vida e me sinto abraçada
E novamente a pluma me afaga


Lola (2011)

Rendas e Rimas

Queria eu ser mulher rendeira e tecer rendas pra ti
Em troca me ensinarias o que ainda não aprendi
Como viver sem te ter se estás dentro de mim

E dormir tranquilamente depois de uma oração
Em que pediria a Deus que tu viesses aqui
Nem que fosse um minutinho me cantar uma canção

Se eu te ensino a fazer renda, tu me ensina a namorar?
Mas tem de ser do meu jeito, pois o teu não gosto não
Já que num segundo queres noutro me mandas embora

Lola (28/05/11)

Você (2)

Não sei por que inventei amar você
Que nem combina com o meu jeito de ser

Vai e volta como quem não se incomoda
Ou se incomoda de estar sempre comigo

Enjoa fácil e nada fácil é seu estilo
E fico sempre sem saber sobre o que quer

Que me incomoda quando ausente
Mas presente me incomoda muito até

Porque não sinto firmeza em nada mesmo
E muitas vezes até percebo um desdém

Por tudo isso que nós somos ou nem fomos
Se põe alheio e é alheio ao que eu desejo

Não entendo mesmo porque eu insisti tanto
Em desejar e bem querer assim você

Mas agora decidi "desinventar"
E não mais querer você ou lhe amar

Lola (28/05/11)

28/05/2011

Das Ilusões

Ilusão foi-se embora
E nem perguntei pra onde
Dela não quero notícia
Melhor que esteja bem longe

Vai ilusão e se demora
Não que não queira mais vê-la
Mas prefiro a minha vida por pior que ela seja
A me entregar aos teus encantos

E depois num triste canto
Chorar sozinha meu pranto

Lola (28/05/11)

27/05/2011

Rede na Varanda

Numa rede na varanda
Abraçadinha ao bem querer
Passaria a vida toda
Sempre querendo mais ter


Todo esse seu carinho
Pra nunca mais esquecer
O quanto é bom ser amada
E melhor se for por você

Lola (20/05/11)

Sarau 2

S obre a vida e seus encantos
A mores e desencantos
R ecitaremos aqui
A legria para mim, bem como para você
U m momento de prazer

Lola (26/05/11)

Festas Juninas

Daqui a um mês estarei empolgada
Com os preparos das festas juninas
Arrumando as bandeirolas, os foguinhos
As comidas típicas e o quentão

A fogueira, a chita da toalha
O forró e principalmente a gurizada
Farão a animação do meu São João
Que vai ver a noite virar criança

Enquanto a cinza não tocar o chão

Lola (24/05/11)

Sarau

S ejamos felizes o tempo todo
A inda que haja motivos pra chorar
R ir é bem melhor tenho certeza
A poesia nos ajuda a animar
U m poema sempre é bem melhor que o choro

Lola (24/05/11)

Ausência

Por te querer vivo assim, sem ter sossego
Só de desejo pulsa o meu coração
Que se entristece na ausência dos meus dias
E se alivia ao pensar que um dia vens

Lola (maio 2011)

25/05/2011

Alice

A lice, o nosso mundo
L indo cada vez mais será
I sto porque estás por vir
C á estamos a esperar
E que venhas com saúde, alegria e a cantar

Lola (20/05/11)

12/05/2011

Sobre a Luz Vermelha

A luz vermelha não te interdita
Ao contrário, te aproxima
Ao vê-la como uma vela acesa
Que na sacristia anuncia a presença do Cristo
Que sinto, embora não veja, não toque (mas sei que é lindo)
Mas assim me tocas, vermelhinho
E é com carinho que te sinto aqui
Acompanhando-me, manhãs e tardes
E tantas noites varo por ti
Em claro, claro - e a luz ali
A luz aqui
Há luz em ti
Há luz em mim que te quero assim
Aceso, sempre, dentro de mim

Lola (12/05/11)

“Mora na filosofia”

Aprendi sobre o amor do tipo PHILOS que este não necessariamente trata-se apenas de amor fraterno. Aprendi algo sobre ele que me fez acreditar ainda mais em possibilidades infinitas de conjugar o verbo amar.

Sobre o PHILOS, certamente recai um bem querer meio que idealizado, o que, a meu ver, assim como a virtualidade, não se configura em mentira.
Folguei em saber sobre este amor, pois percebi o quanto amo verdadeiramente, bem como consigo alcançar reciprocidade, fazendo deste sentimento, algo mais palpável e mais envolvido com a beleza que todo amor deve ensejar.

O que me chama atenção nisso tudo é que sempre ao pensar sobre o amor PHILOS, me vinha à mente o amor entre amigos e irmãos. O que me fazia deixá-lo de lado ao pensar no objeto do desejo, aquele a quem lanço meus sentimentos mais profundos, que eu julgava ser mais EROS do que qualquer outro tipo. “Vivendo e aprendendo”, é assim que reflito neste momento. E assim o fazendo me sinto meio aliviada. Consigo enxergar que mais que fantasia, o que me mais define esta situação é a imaginação criativa.

Foi dito alhures que “a imaginação criativa liberta, mas as fantasias escravizam”, e em sendo assim, me vejo livre pra sentir tudo o que sinto, incluindo aí os meus desejos, que podem até transitar entre EROS e PHILOS, tão repletos de amor que são. E pensando assim, incluo o seu sentimento também e o alívio supera toda a ansiedade, pois o medo não encontra mais razão de ser.

Ao enxergar o meu e o seu amor como PHILOS, não mais o vejo desmerecedor de tudo o que pulsa aqui dentro do meu peito; ao contrário, a minha imaginação criativa o leva até o fim da minha existência, perenizando-o de uma maneira tão sublime ao ponto de chegar à sensação de que o engoli e que ele passou a compor minha corrente sanguínea, não conseguindo eu jamais existir sem ser assim: com você pulsando em minhas veias e quando em vez, ou “quando em sempre”, fazendo meu coração acelerar extravagantemente.

Consigo até enxergar uma ponte entre ele, este amor, e o amor que sinto pelo saber, pelas letras, pelo conhecimento. Não é à toa que aprecio tanto o nome Sofhia. PHILOS + SOFHIA = FILOSOFIA – o amor às palavras foi a ponte onde se encontrou o nosso amor.

E assim encerro esta crônica como a iniciei - “caetaneando” : “Mora na filosofia, pra que rimar amor e dor?”

Lola (12/05/11)

10/05/2011

Sobre as crônicas de Miguel




Estive sem ler a ISTO É no período em que Falabella se despediu e confesso ter me entristecido não o encontrar mais entre os cronistas.

Confesso também que ficava ansiosa para que chegasse o dia dele, no reve3samento que a revista faz.

Já disse aqui alguma vez que me identifico muito com Miguel e que suas crônicas me tocam sempre muito fundo, visto que retratam sua história de vida repleta de reminiscências, principalmente relacionas à família.

Fazia algum tempo que não acessava esta comunidade e que ainda não tinha lido sua crônica de despedida. E que ao fazer isto, agora a pouco, me senti meio aliviada, acreditando que qualquer dia desses ele pinta de novo na minha página preferida da revista.

Costumo dizer que tenho uma vontade imensa de ser próxima de Gilberto Gil, que desejaria ser amiga de infância dele; dessas que nunca se separam e que constroem uma relação muito íntima. Eu diria sobre Miguel Falabella que nem precisaria isso tudo, mas que um bom papo com ele já me deixaria muito satisfeita. Gostaria de ratificar que esta identificação que percebo entre mim e ele tem realmente sentido.

Já cheguei a falar sobre ser libriana de 14 de outubro e de ser, na adolescência, chamada de Floquinho. Mas assevero que o que vejo de mim nele não fica por aí. Seu jeito de escrever de dentro pra fora e de fora pra dentro, numa dialética que humaniza os seus textos e faz o leitor se emocionar com ele, tem muito do meu estilo. E quando falo isto não o digo pensando em me enaltecer – Não. Simplesmente demonstrar o quanto nos parecemos na maneira de ver a vida e as pessoas e fazer de cada um dos personagens de nossa história, peça fundamental para que ela seja exatamente como é: recheada de luzes e cores e que recebe o P& B de maneira tranqüila, sabendo que estas cores também encerram beleza e que não podem deixar de compor o nosso enredo. Chego a imaginar Falabella no seu momento de criação, enlevado pelo instante entre lágrimas e sorrisos.

Que a fase de dedicação à escrita de novela passe rápido e que ele volte a ocupar seu posto na revista, pois sou do tempo em que saudade dói de fato. Ficarei aguardando ansiosamente, enquanto torço por seu sucesso em todas as áreas que compõem seu vasto leque de possibilidades.

Até breve, Miguellito.

Lola (09/05/11)

Rabiscos

Num cantinho da mesa da escola
Rabisquei o teu nome e o meu
Deles brotaram mil flores
Corações também apareceram
Foi tanta luz, tanto sol
Que até a lua chegou
Bem perto dos nossos nomes
E tudo encanto virou
Estrelas brilhavam pra nós
Peixinhos vindos do mar
Também lá apareceram
E nem precisaram nadar
Tudo era lindo, confesso
Que até hoje eu espero
Um momento como aquele
E todas as vezes que sopro
As velas de aniversário
O desejo primeiro é este
Ter nosso momento de volta
Para além da mesa da escola

Lola (10/05/11)

06/05/2011

VIVA A DIVERSIDADE!

Foi com alegria que hoje ao conectar, às 7:00hs me deparei com a manchete: STF reconhece união homossexual.
Faço parte de uma corrente teórica que acredita na desnaturalização dos sexos, vendo-os como construção cultural e social. percebendo que não se deve hierarquizar a partir das orientações sexuais. Portanto, contra todo e qualquer tipo de descriminação sexista.
Vejo o posicionamento do TSF com alegria por entender que é um passo importante no processo de desmistificação da idéia que a orientação sexual interfere na conduta e no caráter das pessoas, que acredito, não devem ser avaliadas por esse critério.
Reconhecer a união homo afetiva é entender que a família, em sendo também construção cultural e social, é mutável e que nem toda mudança, por pior que aparente, deve ser vista como nefasta.
VIVA A DIVERSIDADE! A ÚNICA COISA QUE TEMOS EM COMUM É A CAPACIDADE DE SERMOS DIFERENTES, como atesta o antropólogo francês, La Plantine.

05/05/2011

Você (Ou: Como o Amor me Deixa Boba)




Um encontro
Um encanto
E pronto
Tudo passou a ser diferente
Não sei o que acontece com a vida da gente
Que a partir de certos encontros tudo muda de repente
Se é certo ou errado, nem se sabe
O que é sabido e acredito é que foi permitido
Senão não seria o que é, senão não faria sentido
Sentido é – sinto tanto!
E cada vez mais, esse encanto
Encanto que vem desse encontro
Quando entre tantas pessoas, meus olhos viram você
Meu coração lhe acomodou
E aqui, boba eu estou
Feliz por ter encontrado você
Desejando encantar você
E sempre querendo dizer
Que amo - amo mesmo você

Lola (05/05/11)

04/05/2011

Dia Das Mães



Aproxima-se o dia da s mães e eu sinto saudades de um tempo em que a minha mãe era lúcida.Tempo em que eu escolhia o presente a lhe dar no 2º domingo de maio.
Este ano darei um presentinho a ela, claro, mas não é fácil escolher o que dar, visto que ela certamente não entenderá do que se trata.
Este tipo de coisa às vezes me deixa meio triste, assumo. Mas na verdade, normalmente sou muito agradecida a Deus por tê-la ainda conosco, mesmo que esquecidinha. Ela é linda e mais linda ainda a luz que ela irradia, de forma que estar pertinho dela me faz muito feliz.
Todas as tardes de sexta feira dedico ao seu cuidado, pois fizemos revezamento, eu e minhas irmãs, já que ela se tornou completamente dependente dos nossos cuidados. A não ser quando não me encontro na cidade, nada me impede de ser e ter sua companhia nas tardes de sexta feira. Além disso, o final de tarde de domingo e praticamente a noite toda, estou lá em sua casa, dividindo com meus irmãos a companhia dela. É assim que me refaço que absorvo a energia necessária para uma semana de suor e sorrisos.
Nesta semana dedicada às mães, peço de maneira especial por sua saúde, por sua paz de espírito e por seu conforto. Peço também a Deus que nos permita estar com ela por um bom tempo.
Minha mãe é exemplo de dedicação, amor e suavidade. De sorriso fácil e docilidade. Um exemplar perfeito da condição materna.

Uma viva a minha mãe e um viva a todas as mães do mundo!

FELIZ DIA DAS MÃES!

Lola (04/05/11)

01/05/2011

Feliz Aniversário!

Hoje se estivesse vivo meu pai faria 97 anos. Sinto falta dele e de tudo o que tem a ver com ele. Dos 1º de maio festivos do amanhecer ao final do dia. Ao mesmo tempo, o tenho tão presente em minha vida que muitas vezes penso que vou chegar lá em casa e encontrá-lo. E que ele me receberá como sempre o fez: - Olá, filhinha. Era assim que papai se dirigia a mim.
Essa suavidade, esse jeito de ser, me acompanharão pra todo o sempre. Assim como sua luz inigualável. É ela que clareia os meus dias, que me faz sorrir e acreditar que tudo vale à pena.
Saudade acompanhada é o que sinto. E agradeço muito a Deus uma bênção como esta. Porque só quem realmente ama e é amada pode se sentir assim. E o nosso amor é infinito, perpassará anos, vidas e situações. E não direi que é inabalável, posto que o percebo crescer a cada vez que o penso.
E é com este sentimento que hoje consigo dizer: Parabéns papai! Feliz aniversário! Viva você! Eternamente...

Lola (1º de maio de 2011)

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