"Ando devagar porque já tive pressa..."

"Ando devagar porque já tive pressa..."
"Ando devagar porque já tive pressa..."

25/04/2011

Exageros meus

Se sempre gostei de poesia
Imagina depois de lhe conhecer
Se pra mim a vida soa como música e aos meus ouvidos encanta
Imagina agora em sua companhia
Não importa se tem lua e é dia
Se o sol invade a noite e tudo é claro
É claro que sempre fui e serei feliz com ou sem você (será?)
Mas agora tudo está otimizado
Tudo é agrado ao meu sentir exagerado
Nem tudo falo por cautela em lhe dizer
Tenho medo do exagero lhe afastar
Sou intensa, quero muito, sou gulosa
E às vezes penso que é melhor me acalmar
Mas minha calma me leva a sonhos lindos
E neles sua presença se declara
Volto aos exageros, sinto medo de perder
E quero mais, sempre mais quero ter você

Lola (25/04/11)

21/04/2011

Dos Prazeres da Escrita

Adoro a palavra escrita. Ela combina comigo de tal maneira que muitas vezes sinto vontade de escrever ao pé do ouvido... De sussurrar um texto escrito na hora, no calor da emoção.
Me apraz muito mais a caneta ou os teclados do que um microfone. Nada contra o microfone, as platéias, até porque sinto muito prazer em sala de aula e me faço compreender muito bem.
Mas a escrita me fascina de um jeito que não tem jeito.Tenho que partir para o papel, para o monitor de um computador.
Chego a escrever em guardanapos, em papel higiênico ou de embrulho, para não perder o clima do momento da inspiração. E quando falo em inspiração não estou querendo dizer que sou muito inspirada, que tenho idéias fantásticas, não. Mas as que tenho são minhas, fazem parte de mim, de minha identidade, que venho construindo nestes meus 46 anos.
Gosto tanto de escrever, que já falei tudo isto que escrevo agora muitas vezes, e nem por isso deixei de desejar um momento em que aflorasse, saltando à boca, ou melhor, às teclas, umas palavrinhas, pra que eu me deliciasse com elas a cada dígito e depois a cada releitura.
Quero escrever o mais que puder e quero isso agora. Quero dizer o que eu sinto o que desejo e o que me dá medo. Quero ser feliz ou triste o que é comum acontecer, mas quero sentir tudo isso em minhas mãos, nas pontas dos dedos.
E o bom da escrita é que o interlocutor pode estar à distância e pode nem ler hoje o que digo. Mas se um dia ele, o interlocutor que desejo acessar meus escritos, ah, isso me trás uma felicidade ímpar e sem preço. A alegria que eu quero e que eu mereço. Por isso mesmo continuarei a escrever.
Escreverei palavras amenas. Escreverei palavras pequenas. Escreverei meus sentimentos e até o meu lamento. Mas jamais deixarei de escrever.

Lola (20/04/11)

FELIZ PÁSCOA!

F esta dos cristãos, tão importante
E sta que ora comemoramos
L uz, paz de espírito nos trás
I sto que quero demonstrar
Z ela por nós o nosso pai

P ai que também é nosso irmão
A trindade santíssima nos conforta
S e nela cremos não há nenhum temor
C uida de nós os pecadores
O lha por cada um e afirma
A vida só vale a pena ser vivida se a sua palavra for cumprida

Que o espírito do Deus que se fez homem e que sofreu por nós nos encha de esperança de uma vida plena de amor e fraternidade.
Lola (20/04/11)

18/04/2011

Sem Querer Ser Piegas (e já sendo)

Hoje estou com os pés descalços
Lavo a louça, limpo a casa
Preparando-a pra semana
Que se inicia amanhã

Hoje é final de semana
Limpo tudo e deixo pronto
Pra que este fim seja agradável (há fins que não são)
Sábado à noite é momento de curtir tudo o que fiz

Como pasteis, devoro a pizza
A minha gula se multiplica
Desejo tudo, devoro tudo
Embora nem tudo a mim se oferte

Fim de semana, início de outra
Sábado e domingo, tão diferentes
Prefiro a sexta, dia da cerveja (embora escolha sempreo whisky)
E em cada trago, uma música ouvida

Em cada letra, uma conexão
Em cada sentido a falta de
A ausência de sentido me põe alerta
Sinto-me segura (me segura)

“Hoje é sábado, amanhã é domingo...”
A vida segue (e é tão breve!)
Desejo a semana que vem com alegria
Alegria que se irradia a partir do sorriso e do suor que invisto

Lola (16/04/11)

14/04/2011

Meu Bem Meu Bem

Não quero um amor que me divida
Amor é chegada, nunca partida
Amor é encontro e não despedida
Amar é declarar-se e não subterfúgios

Se me ama, preencha as entrelinhas
Pois ando meio arredia, sem disposição
Pra interpretação duvidosa - que droga!
Amar é gostar de sentir-se assim

Tão frágil e tão forte que nada é capaz
De fazer desistir e é sempre querer mais
Mesmo sendo capaz de entender que nem sempre
O amor acontece de maneira tranquila

E mesmo assim sentir-se contemplado
Com a melhor sensação que se pode sentir
Amar é gostar de cantar assim
“Meu bem, meu bem, meu bem (que outros cantores chamam baby)”

Lola (14/04/11)

Se

Se estou interditada e em mim não transitas
Que pelo menos haja reciprocidade
Que não distribuas palavras ao vento
Que eu possa catar e pensar que são minhas

Se elas se dispersam no ar e eu não mais consigo
Uma leitura fiel ao que querem dizer
Ficarei sempre mais distante de você
E o que fazer com tanto sentimento

Vai virar lamento até o esquecimento
Triste sina teria um amor assim
Passaria a ser coisa ruim
E é sua natureza beleza sem fim

Lola (14/04/11)

13/04/2011

Feito Fênix



Sou capaz de ressurgir das cinzas feito fênix
Também sei cantar, bem alto o meu canto
Até que encontre um canto aonde possa
Aninhar-me e me desfazer do pranto

Então me acalmo e me encanto novamente
E de repente cá estou eu, a desejar
Alçar novos vôos, ter novas perspectivas
E assim a vida continuar

Longe de tudo o que me for nefasto
De tudo o mais, quanto não me servir
Posso até nadar em lágrimas nesse instante
Mas sei que tudo sempre há de ter um fim

E que este fim seja apenas do meu pranto
Jamais seja relacionado a mim
E vou voando, sou uma fênix, acredite
E nada me impede de voltar a sorrir

Lola(06 – 13/04/11)

11/04/2011

Das incertezas

Desejar-te é bom, mas me dá medo
Sinto o peso de querer tanto assim
Me incomoda a distância, o (des)compromisso
Me incomoda te querer só para mim

O que faço se o teu olhar me persegue
Mesmo que esconda muitas vezes, se impõe
Como tu mesmo, aqui cá dentro do meu peito
E eu me perco pensando me preservar

Que ilusão vivo agora – e agora?
Tu vais embora sem nem mesmo eu ver chegar
Mas continuas insistente no meu leito
Quando me deito tentando descansar

Lá vem o olhar, que me inquieta e me apavora
Lá está o sorriso carinhoso que já vi
E continua se impondo a tua presença
Junto à ausência que eu sinto sempre aqui

E haja incertezas brincando com meu sentir
Mas uma certeza me acompanha sempre sim
Esta certeza é o que me faz buscar a ti
Mesmo sabendo que é perigoso o teu olhar

É perigoso e inevitável eu bem sei
Tão magnético, atraente e verdadeiro
Que a única coisa que eu sinto quando o vejo
É essa vontade de te dar um milhão de” xeros”

Lola (11/04/11)

09/04/2011

Apaixonada

A pavoradamente pensativa
P enso em você todos os dias, toda hora
A í me pergunto porque isso, ora bolas
I gnorando o coração tento esquecer
X ô pensamento, xô solidão, xô bem querer
O u tenho tudo, ou nada tenho
N ada é duro de suportar
A paixonada peço clemência
D eus haverá de me escutar
A h, só Deus mesmo, pra a mim lhe dar

Lola (07/04/11)

06/04/2011

Leite Derramado

Não sou de chorar o leite derramado
Nem de me indispor se não agrado
Penso que tudo na vida é exatamente
Como tem de ser e é assim que é

Faço minha parte, até dou conta
Mas jamais farei de conta que agrado
E se isso tem de ser o meu fardo
Que eu o suporte e não reclame, até por que

Fui eu quem se aproximou de você
E que compreendi tudo errado
Devo até me desculpar, isso eu acho
Mas nunca, nunca, mau vou lhe querer

Fiquemos assim, então, é o que espero
Você aí e eu aqui quietinha
Amiga, posso e quero ser, é claro
Mas xeros nunca mais, meu bem querer

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